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O LIXO EM CATAGUASES E LEOPOLDINA

Veja o que vem sendo feito e como é tratado o descarte dos mais variados tipos de lixo nos municípios de Cataguases e Leopoldina.

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Atualmente nossa sociedade consume tanto quanto descarta. O volume é muito maior do que em outros tempos. Isso acaba gerando enormes quantidades de lixo, seja ele do tipo orgânico, comercial, industrial, eletrônico e tantos outros tipos. Esbarramos então na seguinte questão: O descarte do lixo gerado vem sendo feito de maneira correta e eficiente?  Sabe-se que o descarte incorreto ou ineficiente do lixo gera não só impactos no meio ambiente, como também na saúde pública. Tomando como exemplo os municípios mineiros de Leopoldina e Cataguases, mesmo sendo considerados pequenos, vemos que os desafios com tal descarte são enormes.

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A técnica em reciclagem Íris Meirelles explica que um bom caminho para a solução do problema do descarte é a utilização da coleta seletiva, o que não é utilizado pelos municípios citados. Ambos utilizam a coleta porta a porta e o descarte é feito em aterros sanitários. Segundo ela o governo federal ajuda financeiramente municípios com menos de 50.000 habitantes, só que, Cataguases possui 74.000 habitantes e Leopoldina 52.000 habitantes aproximadamente. Nesse caso os municípios têm que arcar com todas as despesas para implantar e gerenciar esse tipo de coleta.  É nesse ponto que as barreiras aumentam, devido a demanda financeira desse modelo ser grande. São necessários caminhões de coletas adequados, as associações de catadores necessitam de equipamentos específicos para conseguirem realizar a reciclagem de forma correta, e, é necessário um número maior de pessoal envolvido. Outro ponto, não menos importante, é a falta de educação ambiental, uma vez que, os próprios moradores dessas cidades devem ter o conhecimento e a consciência de realizar a separação do lixo na hora do descarte. Questionada sobre como vem sendo trabalhado a educação ambiental nas escolas, Íris é enfática: Tudo ainda fica somente no papel, é necessário que a escola tenha um maior envolvimento com a sustentabilidade, e que os alunos sejam educados na prática através de projetos em parceria com as associações de catadores, promovendo e estimulando a separação dos resíduos da escola e da comunidade local.

           

Sobre a questão do lixo eletrônico, gerado em especial nas escolas estaduais, Thiago Torres, coordenador do Núcleo de Tecnologias Educacionais da Superintendência Regional de Ensino de Leopoldina, apresenta o projeto da Secretaria Estadual de Educação: o DescarTI integrado nas escolas e SRE’s mineiras.  Nesse projeto todo equipamento é considerado lixo eletrônico quando: a vida útil do equipamento já não for mais compatível com as tecnologias atuais e quando, no caso de equipamentos danificados, o valor de reparo for maior que 40% do seu preço.  Nesses casos o NTE emite laudos de bens inservíveis para esses equipamentos e as escolas realizam leilões abertos à comunidade. Na maioria das vezes, esses equipamentos são arrematados por profissionais que reutilizam suas peças.

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Outra medida importante que vem sido tomada nos últimos anos é o cuidado com a coleta do tão perigoso lixo hospitalar. A bióloga com experiência em vigilância sanitária Daniela Ferreira explica que a coleta desse tipo de resíduo é feita em separado dos demais tipos, isso deve-se a sua periculosidade.  As prefeituras e a iniciativa privada dos dois munícipios tiveram que contratar empresas terceirizadas especialistas nesse tipo de coleta e descarte especial.  A bióloga ainda diz que todo o tipo de coleta de lixo deve ser tratado com prioridade e cuidado, pois o acúmulo do lixo e o descarte feito de forma errada favorece ao aparecimento de vetores de doenças, tais como ratos e baratas impactando gravemente a saúde pública.

Íris Meirelles conclui muito bem o problema, ela chama a responsabilidade de todos citando os 3 “R” da reciclagem: Repensar, reduzir e reciclar, onde cada um é responsável pelo lixo que gera e deve fazer sua parte.

ENTREVISTA COM ÍRIS MEIRELLES SOBRE A COLETA DE LIXO EM LEOPOLDINA

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Íris é Analista Educacional, Especialista em Educação Ambiental e técnica em Reciclagem. Ela fala sobre  a coleta de lixo no município de Leopoldina e os desafios da coleta seletiva.

ENTREVISTAS EM ÁUDIO SOBRE LIXO NA SOCIEDADE DE CONSUMO

OUÇA AS ENTREVISTAS CLICANDO NOS PLAYERS ABAIXO:

Thiago Torres - Coordenador do Núcleo de Tecnologias Educacionais SRE Leopoldina

Thiago fala sobre lixo eletrônico, o projeto DescarTI Legal da Secretaria Estadual de Educação e sobre as ações do NTE em relação ao Lixo Eletrônico.

Daniela Ferreira - Analista Educacional / Bióloga 

Daniela fala sobre os perigos do lixo para a saúde pública, em principal, o lixo hospitalar.

Íris Meirelles -Analista Educacional/Especialista em Educação Ambiental/ Técnica em Reciclagem 

Íris fala sobre o tipo de coleta de lixo no município de Leopoldina e os desafios de se implantar a coleta seletiva no município.

LIXO EM CATAGUASES - MG

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